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Troca de joias: Quando é seguro e quais materiais são mais indicados?

Quem faz um piercing logo quer trocar a joia e atualizar o visual, não é mesmo? Porém, como vamos ver no artigo desta semana, é essencial esperar o momento certo para não prejudicar e nem atrasar a cicatrização! “Mas quando é esse momento certo? Quanto tempo vou ter que esperar pra fazer a troca de joia? Que material escolher pra realizar a troca?” Responderemos essas perguntas aqui.

Quando é seguro trocar a joia?

O momento certo para realizar a troca vai depender do tipo do piercing, já que cada um tem um tempo de cicatrização. A localização do piercing também é algo que vai afetar muito na duração da cicatrização. Isso porque perfurações em áreas com boa vascularização e baixa pressão (como lóbulo da orelha) geralmente cicatrizam mais rápido, enquanto perfurações em regiões de maior movimento, atrito ou compressão (como cartilagens, umbigo ou mamilo) tendem a demorar mais.

Além de tudo isso, a velocidade desse processo vai variar de pessoa para pessoa, pela saúde física individual, e claro, os cuidados pós-piercing vão ajudar muito a determinar o quão rápido o piercing vai cicatrizar.

Antes de realizar a troca, também é importante consultar um profissional para avaliar o estado do seu piercing e fornecer orientações corretas. Então, entendemos que é importantíssimo esperar até que o piercing esteja completamente cicatrizado antes de trocar a joia, e mesmo assim, confira se o local não está mais sensível ou inflamado. 

Qual o material mais indicado?

Agora que você já entende qual é o momento adequado para realizar a troca da joia, resta a pergunta: qual material é o mais indicado para essa etapa?
Para começo de conversa, os materiais mais indicados são aqueles que minimizam o risco de reações alérgicas, inflamações e infecções, ou seja, os metais hipoalergênicos e de grau de implante (tem qualidade e pureza suficientes para ser implantado dentro do corpo humano com segurança). 

Joia de aço inoxidável

Esse metal é o mais comum para fabricação de joias, e, embora existam diversas formas de comercialização, o 316L e 316LVM são os únicos realmente seguros e aprovados para joias corporais, ou seja, piercings. Ao analisar os diversos materiais de joias, percebe-se uma vantagem no aço inoxidável: ele é mais barato do que as outras opções.

Porém, em meio a essa vantagem que pesa tanto na hora da troca da joia, há uma desvantagem que geralmente pesa mais: o aço inoxidável contém níquel. Esse metal, embora muito utilizado por entregar resistência à ferrugem e corrosão, é um dos maiores causadores de alergias no mundo. Portanto, por causa do níquel, não é o melhor material para usar em piercings recém-furados já que pode atrasar a cicatrização ou causar complicações.

Joia de titânio

Quando se discute o melhor material para piercings corporais, o titânio é de cara o escolhido. O titânio tem diversos benefícios que o tornam a melhor alternativa custo x benefício. Alguns dos benefícios envolvem a sua leveza, resistência, o conforto que oferece e a redução dos riscos de reações alérgicas. Como todo material, o titânio tem diferentes classificações, sendo a mais recomendada para uso em piercings a G23 (6AI4V ELI), que é biocompatível, resistente e não contém níquel.

Joia de ouro amarelo ou branco

O ouro é um dos metais naturais mais quimicamente inertes e biocompatíveis que existe. Geralmente, indica-se este tipo de material para pessoas com a pele muito sensível. Em seu estado puro – 24 quilates – o ouro é altamente biocompatível, porém não é indicado para piercings novos ou para troca de joia. Isso porque é um metal extremamente macio: ele entorta com facilidade, assim, pode arranhar a pele e comprometer a cicatrização.

Além disso, o ouro puro é extremamente caro, o que o torna inviável para uso em joias corporais. Por essa razão, muitos fabricantes utilizam ligas de ouro para produzir joias corporais e diminuir o preço. No entanto, quando essas ligas contêm metais como o níquel, a chance de causar irritações ou reações alérgicas aumenta.

Joia de ouro (14k ou 18k)

O ouro de alta qualidade (14 ou 18 quilates) é uma excelente escolha para troca de joia, pois é mais resistente que o ouro puro e menos propenso a conter ligas que causem alergias, como o níquel – especialmente quando a joia é fabricada por empresas especializadas em joias corporais. Já ouro com quilatagem inferior pode não ser tão seguro, principalmente para pessoas com pele sensível, justamente pelo aumento na quantidade de metais adicionais.

Joia de nióbio

É semelhante ao titânio em termos de segurança, biocompatibilidade e durabilidade, portanto é uma excelente alternativa para quem busca opções hipoalergênicas e com um preço mais acessível. Isso faz dele uma opção com ótimo custo-benefício, especialmente para quem quer uma joia de alta qualidade sem investir tanto quanto investiria no titânio ou no ouro.

Materiais a evitar

Como vimos, o níquel pode causar oxidação e reações alérgicas, principalmente em piercings recentes ou que ainda não se cicatrizaram. Portanto, evite materiais que sejam de baixa qualidade ou que contenham níquel em sua composição, como bijuterias, acrílico ou silicone de procedência duvidosa. Vale ressaltar que a prata só deve ser usada apenas em piercings totalmente cicatrizados, já que  oxida com facilidade e pode manchar a pele ou irritar a perfuração. Por isso, não recomenda-se para trocas iniciais.

Recomendação:

Para a primeira troca de joia, é indispensável procurar um profissional de body piercing qualificado, que utilizará ferramentas esterilizadas e adequadas, além de joias de grau de implante para garantir a segurança e a saúde do seu piercing.

Considerações finais

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